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30/06/2012 - Fisiologia do Parto

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No nosso próximo encontro vamos conversar sobre os processos fisiológicos que ocorrem no final da gestação, trabalho de parto, parto e pós-parto imediato.
O que esperar? O que vai acontecer? Quando vai acontecer? O que vou sentir? Como vou saber que chegou a hora? Para esta discussão assistiremos o filme "Parir e nascer".
Venha e traga suas dúvidas e contribuições!!


*Relembrando*
Quando: 30 de Junho de 2012 - sábado de 09h às 11h
Tema: Fisiologia do Parto
Onde: Academia Companhia Athletica (Rua Municipalidade, 489 - Reduto - próximo à ESAMAZ)
Cidade: Belém/PA


OBSERVAÇÃO: A confirmação da participação agora é necessária, pois precisamos deixar o nome dos participantes na portaria.

Confirme sua participação pelo números: 8858-0416 ou 8884-0209; ou pelo e-mail: espacoishtarbelem@gmail.com. Não use o comentário do Blog para confirmação, pois corre o risco de não serem lidas.

AVISOS!
* Agora o Ishtar conta com um grupo de discussão na internet onde podemos trocar mensagens entre as participantes dos Ishtar's pelo Brasil (Pará, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Minas Gerais e São Paulo). Você recebeu o convite? Não? Então entre em contato e enviaremos! Caso já tenha recebido, está esperando o que para entrar e se apresentar?! Estamos sentindo sua falta!
http://groups.google.com.br/group/ishtarbrasil


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06:03

16/06/2012- Parto domiciliar planejado

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Será que em pleno século XXI, somente o hospital é local seguro para um nascimento? Por que algumas mulheres optam pelo parto domiciliar? Quais são as vantagens e riscos do mesmo? Qualquer mulher pode ter filho em casa?... Estas e outras questões serão discutidas em nosso próximo encontro. Não perca!

*Relembrando*
Quando: 16 de Junho de 2012 - sábado de 09h às 11h
Tema: Parto Domiciliar Planejado
Onde: Academia Companhia Athletica (Rua Municipalidade, 489 - Reduto - próximo à ESAMAZ)
Cidade: Belém/PA


OBSERVAÇÃO: A confirmação da participação agora é necessária, pois precisamos deixar o nome dos participantes na portaria.

Confirme sua participação pelo números: 8858-0416 ou 8884-0209; ou pelo e-mail: espacoishtarbelem@gmail.com. Não use o comentário do Blog para confirmação, pois corre o risco de não serem lidas.

AVISOS!
* Agora o Ishtar conta com um grupo de discussão na internet onde podemos trocar mensagens entre as participantes dos Ishtar's pelo Brasil (Pará, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Minas Gerais e São Paulo). Você recebeu o convite? Não? Então entre em contato e enviaremos! Caso já tenha recebido, está esperando o que para entrar e se apresentar?! Estamos sentindo sua falta!
http://groups.google.com.br/group/ishtarbrasil


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CARTA ABERTA À POPULAÇÃO

Nós, médicos humanistas, enfermeiras-obstetras e obstetrizes, todos os profissionais, entidades civis, movimentos sociais e usuárias envolvidos com a Humanização da Assistência ao Parto e Nascimento no Brasil, vimos através desta presente Carta manifestar o nosso repúdio à arbitrária decisão do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (CREMERJ) de encaminhar denúncia contra o médico e professor da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Jorge Kuhn, por ter se pronunciado favoravelmente em relação ao parto domiciliar em recente reportagem divulgada pelo Programa Fantástico, da TV Globo.

Acreditamos estar vivenciando um momento em que nós todos, que atendemos partos e/ou que defendemos o atendimento ao partodentro de um paradigma centrado na pessoa, na defesa dos direitos humanos da parturiente e com embasamento científico, estamos provocando a reação violenta dos setores mais conservadores da Medicina. Pior, uma parcela da corporação médica está mostrando sua face mais autoritária e violenta, ao atacar um dos direitos mais fundamentais do cidadão: o direito de livre expressão. Esse cerceamento da liberdade remete aos sombrios tempos da ditadura militar e não pode ser admitido na atual sociedade democrática. Médicos (como no recente caso no Espírito Santo) podem ir aos jornais bradar abertamente sua escolha pela cesariana, cirurgia da qual nos envergonhamos de ser os campeões mundiais e que comprovadamente produz malefícios para o binômio mãe bebê em curto, médio e longo prazo. No entanto, não há nenhuma palavra de censura contra médicos que ESCOLHEM colocar suas pacientes em risco deliberado através de uma grande cirurgia desprovida de justificativas clínicas. Bastou, porém, que um médico de reconhecida qualidade profissional se manifestasse sobre um procedimento que a Medicina Baseada em Evidências COMPROVA ser seguro para que o lado mais sombrio da corporação médica se evidenciasse.


Não é possível admitir o arbítrio e calar-se diante de tamanha ofensa ao direito individual. Não é admissível que uma corporação persiga profissionais por se manifestarem abertamente sobre um procedimento que é realizado no mundo inteiro e com resultados excelentes. A sociedade civil precisa reagir contra os interesses obscuros que motivam tais iniciativas. Calar a boca das mulheres, impedindo que elas escolham o lugar onde terão seus filhos é uma atitude inaceitável e fere os princípios básicos de autonomia.

Neste momento em que o Brasil ultrapassa inaceitáveis 50% de cesarianas, sendo mais de 80% no setor privado, em que a violência institucional leva à agressão de mais de 25% das mulheres durante o parto, em vez de se posicionar veementemente contrários a essas taxas absurdas, conselhos e sociedades continuam fingindo que as ignoram, ou pior, as acobertam e defendem esse modelo violento e autoritário que resulta no chamado "Paradoxo Perinatal Brasileiro". O uso abusivo da tecnologia é acompanhado por taxas gritantemente elevadas de mortalidade materna e perinatal, isso em um País onde 98% dos partos são hospitalares!

Escolher o local de parto é um DIREITO humano reprodutivo e sexual, defendido pelas grandes democracias do planeta. Agredir os médicos que se posicionam a favor da liberdade de escolha é violar os mais sagrados preceitos do estado de direito e da democracia. Em vez de atacar e agredir, os conselhos de medicina deveriam estar ao lado dos profissionais que defendem essa liberdade, vez que é função da boa Medicina o estímulo a uma "saúde social", onde a democracia e a liberdade sejam os únicos padrões aceitáveis de bem estar.

Não podemos nos omitir e nos tornar cúmplices dessa situação. É hora de rever conceitos, de reagir contra o cerceamento e a perseguição que vêm sofrendo os profissionais humanistas. Se o CREMERJ insiste em manter essa postura autoritária e persecutória, esperamos que pelo menos o Conselho Regional de Medicina de São Paulo (CREMESP) possa responder com dignidade, resgatando sua função maior, que é o compromisso com a saúde da população.

Não aceitaremos que o nosso colega Jorge Kuhn seja constrangido, ameaçado ou punido. Ao mesmo tempo em que redigimos esta Carta aberta, aproveitamos para encaminhar ao CREMERJ, ao CREMESP e ao Conselho Federal de Medicina (CFM) nossa Petição Pública em prol de um debate cientificamente fundamentado sobre o local do parto. Esse manifesto, assinado por milhares de pessoas, dentre os quais médicos e professores de renome nacional e internacional, deve ser levado ao conhecimento dos senhores Conselheiros e da sociedade. Todos têm o direito de conhecer quais evidências apoiariam as escolhas do parto domiciliar ou as afirmações de que esse é arriscado - se é que as há.

http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=petparto

CONVOCAMOS todas as usuárias, entidades, a sociedade civil e os profissionais envolvidos com a Causa da Humanização da Assistência ao Parto, que envolve não somente a liberdade de ESCOLHA e o respeito ao PROTAGONISMO FEMININO, mas o próprio princípio da liberdade de expressão para participar da Grande Marcha do Parto em Casa, que terá lugar em várias cidades do país nos dias 16 e 17 de junho de 2012, em protesto contra o CREMERJ e em favor do direito de escolha do local de parto.

http://www.manifestolivre.com.br/ml/exibir.aspx?manifesto=pariremcasa2012
05:20

MARCHA DO PARTO EM CASA

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Nos dias 16 e 17 de junho, mulheres ocuparão as ruas de várias cidades brasileiras em defesa dos seus direitos sexuais e reprodutivos, entre eles a escolha pelo local de parto. 

No último domingo, dia 10 de junho, o Fantástico veiculou matéria sobre o parto domiciliar, o que causou bastante repercussão. O médico-obstetra e professor da UNIFESP, Jorge Kuhn, foi entrevistado e defendeu o domicílio como um local seguro para o nascimento de bebês de mulheres saudáveis com gravidezes de baixo risco, segundo preconiza a própria Organização Mundial de Saúde. 

No dia 11/06, dia seguinte à matéria, o CREMERJ publicou nota divulgando que fará denúncia ao CREMESP para punir o médico-obstetra Jorge Kuhn por ter se posicionado favorável ao parto domiciliar nas condições acima detalhadas. 

O estudo mais recente publicado no British Journal of Obstetrics and Gynecology (2009) analisou a morbimortalidade perinatal em uma impressionante coorte de 529.688 partos domiciliares ou hospitalares planejados em gestantes de baixo-risco: Perinatal mortality and morbidity in a nationwide cohort of 529,688 low-risk planned home and hospital births. [http://www3.interscience.wiley.com/journal/122323202/abstract?CRETRY=1&SRETRY=0]. Nesse estudo, mais de 300.000 mulheres planejaram dar à luz em casa enquanto pouco mais de 160.000 tinham a intenção de dar à luz em hospital. Não houve diferenças significativas entre partos domiciliares e hospitalares planejados em relação ao risco de morte intraparto (0,69% VS. 1,37%), morte neonatal precoce (0,78% vs. 1,27% e admissão em unidade de cuidados intensivos (0,86% VS. 1,16%). O estudo concluiu que um parto domiciliar planejado não aumenta os riscos de mortalidade perinatal e morbidade perinatal grave entre mulheres de baixo-risco, desde que o sistema de saúde facilite esta opção através da disponibilidade de parteiras treinadas e um bom sistema de referência e transporte.

Em repúdio à decisão arbitrária dos Conselhos de Medicina em punir profissionais que compreendem como sendo da mulher a decisão sobre o local do parto foi idealizada a MARCHA DO PARTO EM CASA. Entre as reivindicações, além da defesa pelo direito à liberdade de escolha, pela humanização do parto e nascimento e pela melhoria das condições da assistência obstétrica e neonatal no país, também está a denúncia às altas taxas de cesarianas que posicionam o Brasil entre os primeiros do ranking mundial.