Será que em pleno século XXI, somente o hospital é local seguro para um nascimento? Por que algumas mulheres optam pelo parto domiciliar? Quais são as vantagens e riscos do mesmo? Qualquer mulher pode ter filho em casa?... Estas e outras questões serão discutidas em nosso próximo encontro. Não perca!
*Relembrando*
Quando: 16 de Junho de 2012 - sábado de 09h às 11h
Tema: Parto Domiciliar Planejado
Onde: Academia Companhia Athletica (Rua Municipalidade, 489 - Reduto - próximo à ESAMAZ)
Cidade: Belém/PA
OBSERVAÇÃO: A confirmação da participação agora é necessária, pois precisamos deixar o nome dos participantes na portaria.
Confirme sua participação pelo números: 8858-0416 ou 8884-0209; ou pelo e-mail: espacoishtarbelem@gmail.com. Não use o comentário do Blog para confirmação, pois corre o risco de não serem lidas.
AVISOS!
*
Agora o Ishtar conta com um grupo de discussão na internet onde
podemos trocar mensagens entre as participantes dos Ishtar's pelo
Brasil (Pará, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Minas Gerais e São Paulo). Você recebeu o
convite? Não? Então entre em contato e enviaremos! Caso já tenha
recebido, está esperando o que para entrar e se apresentar?! Estamos
sentindo sua falta!
http://groups.google.com.br/group/ishtarbrasil
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CARTA ABERTA À POPULAÇÃO
Nós, médicos humanistas, enfermeiras-obstetras e obstetrizes, todos os
profissionais, entidades civis, movimentos sociais e usuárias envolvidos
com a Humanização da Assistência ao Parto e Nascimento no Brasil, vimos
através desta presente Carta manifestar o nosso repúdio à arbitrária
decisão do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (CREMERJ) de
encaminhar denúncia contra o médico e professor da Universidade Federal
de São Paulo (UNIFESP) Jorge Kuhn, por ter se pronunciado favoravelmente
em relação ao parto domiciliar em recente reportagem divulgada pelo
Programa Fantástico, da TV Globo.
Acreditamos estar
vivenciando um momento em que nós todos, que atendemos partos e/ou que
defendemos o atendimento ao partodentro de um paradigma centrado na
pessoa, na defesa dos direitos humanos da parturiente e com embasamento
científico, estamos provocando a reação violenta dos setores mais
conservadores da Medicina. Pior, uma parcela da corporação médica está
mostrando sua face mais autoritária e violenta, ao atacar um dos
direitos mais fundamentais do cidadão: o direito de livre expressão.
Esse cerceamento da liberdade remete aos sombrios tempos da ditadura
militar e não pode ser admitido na atual sociedade democrática. Médicos
(como no recente caso no Espírito Santo) podem ir aos jornais bradar
abertamente sua escolha pela cesariana, cirurgia da qual nos
envergonhamos de ser os campeões mundiais e que comprovadamente produz
malefícios para o binômio mãe bebê em curto, médio e longo prazo. No
entanto, não há nenhuma palavra de censura contra médicos que ESCOLHEM
colocar suas pacientes em risco deliberado através de uma grande
cirurgia desprovida de justificativas clínicas. Bastou, porém, que um
médico de reconhecida qualidade profissional se manifestasse sobre um
procedimento que a Medicina Baseada em Evidências COMPROVA ser seguro
para que o lado mais sombrio da corporação médica se evidenciasse.
Não é possível admitir o arbítrio e calar-se diante de tamanha ofensa
ao direito individual. Não é admissível que uma corporação persiga
profissionais por se manifestarem abertamente sobre um procedimento que é
realizado no mundo inteiro e com resultados excelentes. A sociedade
civil precisa reagir contra os interesses obscuros que motivam tais
iniciativas. Calar a boca das mulheres, impedindo que elas escolham o
lugar onde terão seus filhos é uma atitude inaceitável e fere os
princípios básicos de autonomia.
Neste momento em que o Brasil
ultrapassa inaceitáveis 50% de cesarianas, sendo mais de 80% no setor
privado, em que a violência institucional leva à agressão de mais de 25%
das mulheres durante o parto, em vez de se posicionar veementemente
contrários a essas taxas absurdas, conselhos e sociedades continuam
fingindo que as ignoram, ou pior, as acobertam e defendem esse modelo
violento e autoritário que resulta no chamado "Paradoxo Perinatal
Brasileiro". O uso abusivo da tecnologia é acompanhado por taxas
gritantemente elevadas de mortalidade materna e perinatal, isso em um
País onde 98% dos partos são hospitalares!
Escolher o local de
parto é um DIREITO humano reprodutivo e sexual, defendido pelas grandes
democracias do planeta. Agredir os médicos que se posicionam a favor da
liberdade de escolha é violar os mais sagrados preceitos do estado de
direito e da democracia. Em vez de atacar e agredir, os conselhos de
medicina deveriam estar ao lado dos profissionais que defendem essa
liberdade, vez que é função da boa Medicina o estímulo a uma "saúde
social", onde a democracia e a liberdade sejam os únicos padrões
aceitáveis de bem estar.
Não podemos nos omitir e nos tornar
cúmplices dessa situação. É hora de rever conceitos, de reagir contra o
cerceamento e a perseguição que vêm sofrendo os profissionais
humanistas. Se o CREMERJ insiste em manter essa postura autoritária e
persecutória, esperamos que pelo menos o Conselho Regional de Medicina
de São Paulo (CREMESP) possa responder com dignidade, resgatando sua
função maior, que é o compromisso com a saúde da população.
Não aceitaremos que o nosso colega Jorge Kuhn seja constrangido,
ameaçado ou punido. Ao mesmo tempo em que redigimos esta Carta aberta,
aproveitamos para encaminhar ao CREMERJ, ao CREMESP e ao Conselho
Federal de Medicina (CFM) nossa Petição Pública em prol de um debate
cientificamente fundamentado sobre o local do parto. Esse manifesto,
assinado por milhares de pessoas, dentre os quais médicos e professores
de renome nacional e internacional, deve ser levado ao conhecimento dos
senhores Conselheiros e da sociedade. Todos têm o direito de conhecer
quais evidências apoiariam as escolhas do parto domiciliar ou as
afirmações de que esse é arriscado - se é que as há.
http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=petparto
CONVOCAMOS todas as usuárias, entidades, a sociedade civil e os
profissionais envolvidos com a Causa da Humanização da Assistência ao
Parto, que envolve não somente a liberdade de ESCOLHA e o respeito ao
PROTAGONISMO FEMININO, mas o próprio princípio da liberdade de expressão
para participar da Grande Marcha do Parto em Casa, que terá lugar em
várias cidades do país nos dias 16 e 17 de junho de 2012, em protesto
contra o CREMERJ e em favor do direito de escolha do local de parto.
http://www.manifestolivre.com.br/ml/exibir.aspx?manifesto=pariremcasa2012